Renault Captur ganha câmbio CVT com motor 1.6 SCe
Chegada da nova opção, coloca em “xeque” versão topo de linha 2.0 da Captur
Como era previsto desde a chegada da Captur ao mercado brasileiro, o modelo recebeu o câmbio automático de tecnologia CVT, em versão intermediária. Inicialmente, a Captur só estava disponível numa versão de entrada (Zen) com motor 1.6 e câmbio manual e uma versão topo de linha (Intense) com motor 2.0 litros e câmbio automático de 4 marchas tradicional.
O que a Renault fez, foi seguir exatamente a receita de sucesso da marca prima-irmã Nissan. Ou seja, colocar o câmbio X-TRONIC CVT (o mesmo usado no Kicks) na Renault Captur em versões intermediárias. Fato incontestável, que esse câmbio CVT é uma solução muito melhor que o jurássico câmbio de 4 marchas, que a marca insiste em usar (aliás a Renault é a única a fazer isso no mercado brasileiro) num veículo topo de linha, no caso da Captur 2.0 Intense.
O resultado do novo câmbio X-TRONIC CVT com o motor 1.6 SCe da Captur, é muito parecido com o que já é visto no Crossover Kicks. Mas, fica um pouco abaixo no resultado final, pois a Captur é um pouco mais pesada, e ela também simula uma marcha a menos.
Assim como acontece no Kicks, esse câmbio CVT simula marchas, para não dar a típica sensação de aceleração contínua e impressão do sistema patinando. Então, esse sistema X-TRONIC, faz a rotação oscilar em determinados momentos, simulando uma passagem de marcha. Enquanto no Kicks são simuladas sete marchas, na Captur a escolha foi de apenas seis.
Ainda sim, a transmissão X-TRONIC CVT com o motor 1.6 SCe, garante um rodar muito suave e silencioso, principalmente em velocidade de cruzeiro. A principal vantagem disso, é que o motor pode variar sempre a rotação, de acordo com a necessidade, mantendo a velocidade constante, auxiliando no menor consumo de combustível.
Câmbio automático CVT
Antes de tudo, é importante entender o que é um câmbio automático tipo CVT. Assim como o câmbio automático tradicional (que utiliza engrenagens planetárias), o câmbio de tecnologia CVT também utiliza um conversor de torque (um tipo de acoplamento hidráulico) para fazer a junção do motor com a transmissão. Por isso, ele também é chamado de automático. Mas as similaridades param ai!
O CVT (Continuously Variable Transmission) oferece relações de marcha continuamente variáveis, ou seja, tem relação de marchas infinitas. O maior diferencial em relação a um câmbio automático tradicional, é a ausência das engrenagens planetárias. No lugar, tem-se duas polias que são ligadas por uma correia metálica. Essas polias se comprimem e se abrem, fazendo a correia deslizar pela sua superfície, alterando continuamente a relação de marchas. Como característica, este câmbio é mais econômico e permite aceleração muito mais progressiva, e sem trancos.
O câmbio X-TRONIC CVT proporciona mais conforto, especialmente em grandes centros urbanos, sem abrir mão da economia de combustível. Essa transmissão X-TRONIC CVT oferece também a possibilidade de troca sequencial na alavanca de câmbio. Mas não está disponível os paddle-shifts no volante.
A caixa que equipa o Captur é produzida pela Jatco, empresa da Aliança Renault-Nissan. Esta transmissão continuamente variável de última geração já equipa dezenas de modelos, como: Renault Fluence, e os Nissans Kicks, Sentra, Versa e March.
Nova gama de versões
Com a nova oferta do câmbio CVT, o Captur passa a oferecer uma gama mais completa de versões. Há duas opções de motorização, e três tipos de câmbios (manual, CVT e automático e 4 marchas).
Captur Zen 1.6 M/T: R$ 78.900
Captur Zen 1.6 CVT: R$ 84.900
Captur Intense 1.6 CVT: R$ 88.400
Captur Intense 2.0 AT4: R$ 91.900
Não existem mudanças em equipamentos nas versões já existentes. Assim, a versão Zen CVT, é exatamente igual à Zen manual, com a mudança apenas do câmbio.
O mesmo acontece na Intense, com seus equipamentos. O cliente pode escolher entre o câmbio automático de 4 marchas e o motor 2.0 litros, ou o câmbio CVT com o motor 1.6 litro.
Versão 2.0 litros Intense em “Xeque”
A novidade da Renault com o câmbio CVT junto com motor 1.6 litro SCe, pode ter “matado” a versão 2.0 litros automática. Desde sua chegada ao mercado, a versão 2.0 foi muito criticada por utilizar um câmbio tão obsoleto, num carro tão caro. Fato que o desempenho do motor 2.0 litros fica bastante prejudicado com o câmbio de apenas 4 marchas. Aliás, a Renault é única marca que insiste em utilizar um câmbio com tecnologia da década de 90, num veículo que custa quase R$ 100 mil. Num mercado onde o padrão de câmbio automático é de seis marchas, e que já existem modelos de até 9 marchas, e um completo retrocesso usar um câmbio de 4 marchas!
Com a chegada do CVT X-TRONIC, dificilmente o cliente fará a opção pela versão topo de linha da Captur Intense, que realmente passa a não valer a pena. Ainda que o motor 2.0 litros seja mais potente (com 150 cavalos), na prática, o desempenho fica muito próximo ao do câmbio CVT com o novo motor 1.6 litro SCe, mesmo que a potência seja menor, com 120 cavalos. Além disso, o consumo é bem menor no motor 1.6 SCe com o câmbio CVT.
Revista Comprecar
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